sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os melhores anos da minha vida

Apesar de eu ser cristã desde criança, de ter crescido rodeada por pessoas que realmente amavam a Deus, de ter aprendido sobre as doutrinas da igreja, estudado a Bíblia e passado tempos, ainda na infância, meditando a respeito das coisas eternas, eu ainda não tinha entendido nada direito. Sim, para mim Deus era incrível. Aprendi a respeitá-lo e reconhecer sua grandeza e soberania. Sabia que ele era bom e amoroso. Também sabia que ele me via o tempo todo e que era santo, justo e perdoador. Em minha cabecinha infantil tudo isso estava bem claro. Mas eu não sabia que ele era tudo que eu poderia desejar. Eu não sabia que ele me queria por perto. Nem que o seu coração manso e acessível me impressionaria muito mais que toda a sua grandeza. Não sabia o que João - o discípulo amado - sempre soube: que podia me reclinar sobre o seu peito sempre que quisesse.

Foi precisamente depois de descobrir isso que o período mais feliz da minha vida teve início. Um tempo que tinha tudo para ser insignificante assim como tudo o mais ao meu redor, mas que se tornou tão rico que fez meu rumo ser mudado para sempre. Nada e nem ninguém consegue abalar as certezas que naquela época tomaram conta do meu coração. São todas elas maiores que eu.

Por isso mesmo não tenho o costume de abordar amigos para forçá-los a ouvir verdades bíblicas nas quais creio. Elas só fazem sentido real quando, de repente, se tornam um mistério revelado. E isso não é feito por esforço. Portanto, limito-me a dizer o que sei por experiência própria. E o que eu sei é que, por incrível que pareça, Deus se revela a gente como eu. 

"Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve." Lucas 10:21

Se eu dissesse que os melhores anos da minha vida foram na companhia de outro que não Deus, estaria mentindo. Eu poderia jamais contar isso a alguém e parecer bem mais agradável (como aqueles cristãos que nunca falam de Cristo). Mas eu não vejo por que fazer isso. Se minhas melhores lembranças viessem de algum tempo feliz no sudeste da França, entre as plantações de lavanda da Provença, as pessoas provavelmente não se aborreceriam em me ouvir falar da minha própria vida. Mas sinto muito, eu nunca fui à França. Os meus dias mais felizes foram os que passei recostada sobre o peito do Filho de Deus.

4 comentários:

  1. É isso mesmo? Uma das pessoas que mais tem me surpreendido nos últimos tempos, me surpreendendo novamente, com um post sem comparativos?
    Mariana, você, como mencionado, me faz lembrar João, o discípulo amado, e assim como ele, tu tens sido luz, tens usado as armas que tem ao teu alcance para atender o ide. Lembra de João na ilha de Patmos?
    Lembro-me de você em sua cadeira em frente ao computador!
    Deus me permita continuar sendo surpreendido por pessoas cheias do espírito, da intimidade e do amor de Deus, assim como você!

    ResponderExcluir
  2. Meu querido Moa, obrigada! Que assim seja! ;)

    ResponderExcluir
  3. Eita, olha Deus usando a Mari aí! Amei, amiga, falou comigo xD

    ResponderExcluir