terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ovelhas, pães e peixes


"Escolheu o seu servo Davi e o tirou do aprisco das ovelhas, do pastoreio de ovelhas, para ser o pastor de Jacó, seu povo, de Israel, sua herança. E de coração íntegro Davi os pastoreou; com mãos experientes os conduziu."


Deus nunca se impressiona com a aparência das coisas. Com ele não precisamos fingir ser o que não somos. É desnecessário tentar impressioná-lo - ele nos conhece muito bem. E mesmo que estejamos cercados pela irrelevância, é exatamente no lugar onde estamos que ele nos prepara. Foi assim com Davi, o filho caçula de uma família comum cuja função era pastorear ovelhas. Enquanto pastoreava as ovelhas de seu pai com fidelidade e com um coração íntegro, Davi não sabia que Deus o estava treinando para ser rei sobre o povo de Israel.

Sua experiência de vida é muito importante. Não fuja disso. Não se preocupe se sua vida não é interessante para outros. Deus está te vendo onde você está agora. E se você pensar com cuidado perceberá que buscar agradar a Deus é o que realmente nos transforma ao passo que tentar agradar aos homens é tão inútil quanto correr atrás do vento. Deus ama a verdade no íntimo, e nunca o agradaremos enquanto cuidarmos apenas do exterior das coisas. Se for preciso voltar ao começo para tratar do que realmente interessa, volte! Não tenha medo de recuar e encarar a verdade. A honestidade é o ponto de partida para o caminho da integridade.

O fato é que Deus não se importa se o que você faz é pouco ou muito. Ele não te compara com ninguém. Podemos dedicar a ele mesmo as menores coisas sem jamais o ofendermos. Podemos depositar nele toda nossa esperança mesmo que ela já seja ínfima e esteja se desfazendo em nossas mãos. A ele podemos entregar o nosso pouco, como o rapaz que deu a Jesus seus cinco pães e seus dois peixes, e também testemunharemos o milagre da multiplicação!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ei, querida, eu já me senti assim antes.

Venho pensando sobre o que escrever em minha primeira postagem. Eu realmente não sabia por onde começar. Mas este é o começo de tudo - o anseio do meu coração por consolar e curar. A cura não sou eu. Eu direi quem sou: eu sou o ermo. O lugar desabitado, a terra de ninguém. E eu seria um ermo como qualquer outro, não fosse por um detalhe precioso: Ribeiros brotaram em mim! Um acontecimento incomum! Um milagre. E esta é a única cura que eu tenho. A mesma que recebi.

Sei bem que ninguém pode ver nossa tristeza mais profunda, ou o choro da nossa alma. Há lágrimas que escorrem por dentro e nos dão a certeza de que nossa dor mais íntima nunca será vista por mais ninguém. Mas esse ribeiro precioso é um presente. E presentes sempre são dados por alguém.

O legal de receber presentes especiais é que geralmente nos avisam antes. Então ficamos ansiosos, e mal podemos esperar o grande dia! Agora, imagine um presente maravilhoso, prometido pela pessoa mais fiel e confiável de todo o universo:

"O deserto e a terra ressequida se regozijarão; o ermo exultará e florescerá como a tulipa;
irromperá em flores, mostrará grande regozijo e cantará de alegria.

(...) Águas irromperão no ermo e riachos no deserto.
A areia abrasadora se tornará em lago; a terra seca, fontes borbulhantes.
Nos antros onde outrora havia chacais, crescerão a relva, o junco e o papiro.

(...) Entrarão em Sião com cantos de alegria; duradoura alegria coroará sua cabeça. Júbilo e alegria se apoderarão deles, e a tristeza e o suspiro fugirão." - Isaías 35 (Nova Versão Internacional)

Esse presente é a mudança que você tanto deseja e teme nunca ver em sua vida. Esse presente vem de alguém que te vê na sua solidão, e que pode sentir toda a sua dor; é para os solitários e tristes. Esse presente vem daquele que me disse: "Ei, querida, eu já me senti assim antes".